O contato com a Medicina fica mais frequente na terceira idade. Não é raro começarmos a nos preocupar com a saúde após os 40 anos e então passarmos a ter os primeiros contatos com o médico. Uma situação, por exemplo, que frequentemente nos leva ao médico pela primeira vez, é a pressão alta (hipertensão), relacionada sempre a uma série de circunstâncias muito diferentes e que necessita, por sua vez, de cuidados que vão alterar o nosso dia-a-dia. Na terceira idade há uma tendência ao acúmulo de doenças crônicas, na sua grande maioria benignas e fáceis de serem controladas. A artrose, por exemplo, é doença que predomina com muita frequência ao idoso, e que pode se somar a outras manifestações como a pressão alta ou o diabetes. O médico deve administrar a situação de doença com a participação do idoso, bem como a de seus familiares, fornecendo o máximo de informações possíveis.
Uma mesma doença pode se apresentar de maneira diferente na terceira idade quando comparada a que ocorre em um jovem. Isto não quer dizer que é mais grave no idoso, e sim que pode ser simplesmente diferente. Como exemplo disto, o hipertireoidismo no jovem apresenta um quadro muito mais rico do que aquele que o idoso apresenta, e que até pode passar desapercebido. Outro exemplo marcante é o diabetes, que na terceira idade é menos intenso e de mais fácil controle do que o do jovem.
Além de cuidar, o mais importante é respeitar os idosos. Que é um direito e dever de todo ser humano, independente de sua idade, sexo, raça, crença religiosa e condição financeira. É respeitando que se é respeitado, sendo assim, uma grande verdade. Como seres humanos, somos iguais, mas ao mesmo tempo diferentes. Iguais por sermos da mesma espécie, constituirmos de uma semelhança genética parecida, sermos filhos de um mesmo Pai, como pregam várias religiões. Somos diferentes na personalidade, na aparência física, nos gostos, nas preferências e nas atitudes. A criança, o adolescente, o adulto e o idoso precisam ser respeitados como indivíduos e em suas particularidades. É importante a atenção especial ao idoso, que muitas vezes é vítima de desrespeito, negligência, omissão, ou mesmo violência física ou psicológica. Respeitar é aceitar, acolher, amar e querer sempre bem.
Falamos que o idoso precisa envelhecer com dignidade, mas devemos ir além: todos nós precisamos viver e envelhecer com dignidade. Falar em envelhecimento é referir-se aos idosos de hoje e nos colocarmos no lugar de idosos num futuro a curto, médio ou longo prazo. Viver com dignidade é ter sua condição de ser humano respeitada, com qualidade de vida e sem constrangimentos. Envelhecer com dignidade, é ter respeitada a sabedoria que pode ser adquirida com os anos de experiência de vida.
“O idoso também precisa ter oportunidades: para viver, amar, ser amado e envelhecer com qualidade de vida, independente de estar passando por um processo de envelhecimento bem sucedido ou patológico.”
Por isto o objetivo desta postagem, é fazer com que lutemos pelos direitos dos nossos idosos e pelos nossos próprios direitos daqui a uns anos.
Encerro com um trecho da música de Roberto e Erasmo, conhecida por algumas gerações, "É preciso saber viver". Portanto é preciso mesmo saber viver, aprender a viver. E façamos agora a nossa parte.
"Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver."
Por: Roany Gomes
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